Nos dias 10 e 11 de agosto, na Sede da Superintendência Regional de Ensino de São João del-Rei, foi realizado curso de capacitação pela Equipe Central da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais com os funcionários da SRE e com a equipe de professores do Programa de Intervenção Pedagógica dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental (PIP I e PIP II/CBC).
Este curso tem como objetivo principal iniciar um treinamento sobre os modelos educacionais vigentes na rede pública estadual, priorizando a aprendizagem continuada, que se constitui como um novo conceito sobre a avaliação do processo de ensino-aprendizagem, que envolve recuperações paralelas e que aumenta a distância entre a prática pedagógica cotidiana e a retenção de alunos em defasagem de conteúdo.
Liderados pela professora Maria Célia, a equipe de Belo Horizonte apresentou oficinas relacionadas principalmente aos conceitos educacionais que cerceiam a intervenção pedagógica dos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º anos). Perpassando pelas Matrizes de Referência e de Ensino, pelos descritores e pela legislação que instrui sobre o funcionamento dos conteúdos, avaliações e recuperações de defasagens de aprendizagem, as atividades proferidas neste curso levantaram discussões e análises que versam sobre a interdisciplinaridade dos demais conteúdos escolares com as competências da Língua Portuguesa e da Matemática e o agrupamento de alunos dos anos iniciais que se encontram em defasagem nestas habilidades.
Também foram trabalhadas situações do cotidiano das escolas que oferecessem realidades a serem discutidas pelos participantes. O foco das atividades se manteve na questão do desenvolvimento das habilidades de interpretação, leitura e escrita e nas de raciocínio lógico-matemático nos alunos das séries iniciais do ensino fundamental.
Segundo a professora Maria Célia, a educação hoje não está mais focada primordialmente no aprendizado dos conteúdos, mas sim nas habilidades a serem desenvolvidas com estes conceitos. Logo, o professor “não mais precisa ensinar ao aluno apenas o que ele deve ‘saber’, mas deve proporcionar condições para que o aprendiz desenvolva as competências necessárias para ‘saber fazer’. O aluno deve aprender sobre o que ele pode fazer com aquele conhecimento, e não apenas receber o conceito de forma pronta e acabada do professor.
Estas orientações seguem no sentido em que caminha a educação hoje no Brasil, entendendo que cada aluno é um universo complexo que evidencia uma realidade distinta dos cidadãos do interior deste país. No primeiro dia, foram desenvolvidas práticas com o conteúdo de Matemática e raciocínio lógico. No segundo, as oficinas versaram sobre os trabalhos didático-pedagógicos que desenvolvessem melhor a leitura, a escrita e a interpretação de textos na Língua Portuguesa.
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